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3 de junho de 2013

Água Formosa e a lenda da Rainha Santa Isabel

Um dia, diz a lenda, numa pequena aldeia do centro de Portugal chamada Água Formosa, ao passar a rainha Santa Isabel uma menina se aproximou dela. Trocaram algumas palavras e ainda que não possamos saber exatamente o que disseram, o facto é, diz a lenda, que a rainha a levou consigo para a corte. Talvez a criança tivesse pedido ajuda, ou manifestado algum sonho, ou dito palavras sábias, ou tivesse um sorriso tão lindo...

Situada no concelho de Vila de Rei, num vale escondido no meio da floresta, Água Formosa é hoje uma aldeia ainda mais pequena do que outrora, com apenas sete habitantes, pequenas casas de xisto, ruas onde só a pé se pode entrar, varandas e pequenos jardins com flores, hortinhas regadas por métodos tradicionais, água murmurando entre a vegetação que cresce por todo o lado, ocupando livremente as terras férteis e húmidas que os homens abandonaram.

Enquanto algumas das antigas construções vão sendo recuperadas para o turismo, outras há que, junto da fonte de água cristalina, parecem dizer que esperam a menina de sorriso luminoso e palavras verdadeiras, que um dia há-de voltar…



17 de abril de 2013

O Amendoal de Ouro


Nasci no mesmo ano em que o meu Avô começava a plantação de um grande amendoal.

Com uma vida preenchida pela Marinha e responsabilidades de estado em Lisboa e no ultramar, no vigor dos seus quase sessenta anos encontrava tempo para o investimento agrícola na sua distante terra natal de Freixo de Espada à Cinta.
Na região do Douro os melhores terrenos são habitualmente reservados para as culturas mais rentáveis, a vinha e também o olival, plantando-se amendoeiras nas zonas mais pobres, pedregosas, secas, longínquas…
E são bem agrestes os montes em Freixo. Para revolver o solo, partir e retirar as pedras de xisto, construir socalcos para que as chuvas não levassem a fina camada de terra, foram utilizadas máquinas, uma inovação naquelas paragens, em final da década de cinquenta.
Anteriormente o meu Avô tinha semeado milhares de amêndoas na melhor horta da quinta, com água abundante e muito próxima de casa. Os muros altos e uma sólida porta de madeira protegiam o viveiro de ventos fortes, coelhos, ovelhas, e curiosos. Logo no início das chuvas as cascas separaram-se pela força dos grãos que começavam a germinar, primeiro lançando uma forte raiz para a terra, depois desenvolvendo o caule e as folhas verde-claro.
Quando as pequenas amendoeiras foram levadas para os montes tiveram que enfrentar os calores destemperados e secos do Verão, e os ventos gelados do Inverno. Em cada ano, com persistência, se substituíam as pequenas árvores que sucumbiam. Os machos puxavam o arado para arrancar giestas e rosmaninhos que cresciam com tanto vigor que encobriam as pequenas árvores.
Pouco a pouco as árvores foram vingando, e quando terminava a escola primária lembro-me da minha professora dizer (seria verdade?) que o amendoal plantado pelo meu Avô era já “o maior da península ibérica”!
Aos dez anos de idade as amendoeiras enchiam-se de flores no Inverno, deixando os montes cobertos de flocos de algodão branco e cor-de-rosa. Começavam os anos de grande produtividade, foi preciso construir um grande armazém para secar e guardar os frutos até serem vendidos. Tenho bem presente esses ruídos da minha infância, o pisar dos amontoados de amêndoa no sobrado de madeira, ou dos ferros nas mãos das mulheres, sentadas no chão à noite, partindo as amêndoas sobre blocos de pedra…
Anos mais tarde, nas férias de Setembro, comecei a acompanhar os ranchos na apanha. Foi o meu primeiro trabalho. Tarefa dura. Os homens à frente varejando as árvores com paus, as mulheres atrás com cestos de vime, dobradas, apanhando as amêndoas caídas, raspando os dedos no chão, subindo e descendo os montes. O calor, o cansaço, a merenda, a água fresca no cântaro, e aquele vislumbre luminoso que nas encostas junto ao Douro se tinha dos reflexos das águas majestosas que deslizavam lentamente lá em baixo…

Com a morte do meu Avô e as voltas da vida e da profissão exigente que exercia em Lisboa, passaram-se demasiados anos sem voltar a Freixo. Sei que as amendoeiras continuaram a florir em cada inverno, muito antes de todas as outras árvores, conceituados fotógrafos captaram as imagens que eu não estava lá para ver, a vila cresceu e desenvolveu-se.
Quando finalmente regressei a Freixo, o grande amendoal plantado pelo meu Avô chegava ao fim.
As amendoeiras vivem em média cinquenta a sessenta anos, podendo chegar aos cem em condições favoráveis, o que não era o caso.
Parece também ser assim o tempo de vida que me está reservado. Hoje com os meus filhos terminando a faculdade, penso nos netos que hão-de vir. Com o país profundamente abalado por uma crise económica, a humanidade avançando por trilhos social e ambientalmente insustentáveis, questiono o legado que lhes deixamos.
Mas de tudo o que ainda penso ter forças para levar a cabo, os projetos que aguardam oportunidade para serem realizados, as ideias que gostaria de partilhar, nada me convoca de forma tão intensa, nada é tão claro para mim agora como este chamamento da terra:
- Está na hora de plantar o Amendoal!

E é por isso que todos os meses eu e o meu marido interrompemos o nosso trabalho em Lisboa para viajar até ao Norte e, nas pequenas propriedades sobre o Douro herdadas dos meus Avós, limpamos o monte, reconstruímos muros, estudamos com carinho as diferentes variedades de amendoeiras, a cor e a época da floração, o vigor das raízes, as características organoléticas dos frutos. Selecionamos o melhor porta-enxerto, marcamos o compasso para a plantação, furamos as fragas para encontrar água e montamos a bomba solar para as regas dos primeiros anos das pequeninas amendoeiras. Sonhamos com o momento de plantar o Amendoal.

Começo a desvendar o porquê deste fascínio. As amendoeiras na sua frugalidade, no deslumbramento das suas singelas flores em pleno inverno, na sua resistente determinação, entregam-nos as sementes de uma grande riqueza. Beleza, simplicidade, força, que melhor legado para as gerações futuras?

Nota: Sobre o valor simbólico da amendoeira a partir da leitura Livro de Jeremias, nomeadamente o diálogo entre Deus e Jeremias, “Que vês Jeremias? /Vejo um ramo de amendoeira! (Jr 1,11)/Viste bem Jeremias, viste bem!(Jr 1,12)” remeto para as sábias palavras de D. António Couto que tem um livro publicado com o título “Vejo um ramo de amendoeira e outras palavras em flor” (Ed Paulus, 2011).
No meio dos espantosos sintomas de desagregação e destruição do povo existente na época desta formulação bíblica, explica o Bispo de Lamego: A amendoeira é das poucas árvores que floresce no inverno. Ao responder Vejo um ramo de amendoeira, Jeremias já levantou os olhos da invernia e da tempestade, da catástrofe e da morte que tinha pela frente e já os fixou lá longe na frágil-forte flor da esperança que a amendoeira representa. Deus manifesta a sua aprovação, dizendo: viste bem, Jeremias, viste bem. Bem diz-se em hebraico tôb, que significa também belo e bom. Jeremias vê portanto bem, belo e bom”.

Seriam porventura assim sábias as palavras de um outro Bispo de Lamego, franciscano, Frei Salvador Martins, muito próximo da Rainha Santa Isabel, seu confessor, que esteve presente nos seus últimos momentos de vida e acompanhou o seu cortejo fúnebre de Estremoz até Coimbra.



Teresa Gomes Mota
Lamego, Biblioteca Municipal, 12 de Abril de 2013
Reunião da SOPEAM- Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos



19 de setembro de 2012

Trabalhar num novo paradigma


A doença, a fome, a guerra, prendem a humanidade.


Mas as actividades para combater estas maleitas, geram organizações que se tornam elas próprias em máquinas que necessitam de sustento, hajam ou não maleitas para combater. Mesmo quando nasceram de uma boa intenção, mesmo quando “voluntárias”.

Está tão preso um doente à sua doença, como o sistema (a indústria) de saúde ao tratar da doença. Esta situação ocupa e cataliza grande parte da energia de todos (leia-se tempo, actividade mental, capacidade criativa, etc.)

O que aconteceria se deixassem de haver doenças? Celebrações? Não.

Um colapso económico. Pelo que tudo é feito para trocar as doenças que existem por outras aparentemente mais benignas mas na realidade mais prevalentes, mais prolongadas, mais consumidoras de recursos e cuidados de saúde.

Não se investe na prevenção nem na cura. O foco é manter a pessoa viva na cronicidade da doença.

O mesmo em relação ao trabalho no geral. Se o trabalho surge para dar resposta às necessidades do ser humano, as organizações criadas ganham vida própria e precisam de se “alimentar”, crescer, competir, expandir, ainda que para isso enveredem por actividades excessivas ou desnecessárias, prejudiciais ao ambiente e aos seres vivos, insustentáveis, criando novas e estranhas necessidades nos consumidores.

O que aconteceria se as pessoas comessem e bebessem menos, gastassem menos energia, comprassem menos coisas e respeitassem mais o ambiente, fossem mais saudáveis e felizes? Celebrações? Não. Um colapso económico.

Crescer parece ser uma exigência para a sobrevivência económica. E as pessoas cada vez “precisam” de trabalhar mais, em actividades que as afastam das suas verdadeiras necessidades como seres humanos. Ficam presas ao trabalho, por redes financeiras de malha apertada, que as mantêm vivas na cronicidade do trabalho.

A alternativa ao trabalho é o desemprego, em franco crescimento, “doença” social que mantém as pessoas presas num estado pseudo-depressivo e começa a fazer crescer toda uma organização do apoio aos desempregados: formação e qualificação, angariação de emprego, apoio social, etc. Também é necessário manter o desemprego na cronicidade como forma de alimentar estas organizações e manter as más condições laborais.

Enquanto a humanidade está neste jogo, nesta rede, onde todos ocupam algum lugar entre trabalhadores, desempregados/pensionistas e doentes, alimentando e girando em torno de organizações que ganharam vida própria e não servem os seus interesses, sendo fácil ver que há tanto a perder, resta perguntar: como sair disto?

Libertar o ser humano destas cadeias implica naturalmente grandes mudanças, queda de muitas organizações, incertezas. Que já estão a acontecer.

Aceitarmos e preparamo-nos para isso implica largar, deixar ir, seja gradual ou repentinamente, na medida das nossas possibilidades.

No futuro haverá necessidade de menos trabalho (que bom!). Uma distribuição mais equitativa será possível com a redução de horários de trabalho e criação de mais postos de trabalho.

O caminho passa por colocar o foco em actividades sustentáveis e com o fim de responder a necessidade reais e não a gerar lucros de forma cega para accionistas virtuais. Recuperando o papel de responsabilidade dos cidadãos, das organizações, e de regulação do estado, incentivando as pequenas organizações e a iniciativa individual e de proximidade.

Em consciência colocarmos as questões: o que estou a gerar com o meu trabalho e com o dinheiro que ganho? Um mundo melhor para mim e para os outros? Ou a realizar trabalho desnecessário, que contribui para mais desgaste de recursos, mais doenças, mais distância das pessoas que gosto ou roubando-me tempo das actividades que me realizam verdadeiramente?

O caminho será Libertar o ser humano para que assuma um trabalho responsável e um lazer assumido e sem culpabilidade.

A criatividade, a meditação, a oração, a criação de laços de fraternidade com compaixão, verdade e justiça, são as actividades mais nobres do ser humano que conduzem à Paz, interior e social, e dão sentido à Vida.


11 de junho de 2012

Mudam-se os tempos

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Muda-se o ser, muda-se a confiança
Todo o mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades

Luiz de Camões

12 de abril de 2012

Pão, Rosas e Humanidade

"Temos que viver intimamente aquilo que repudiamos.(…)
Reconhecer a verdade como verdade e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando.
Sentir tudo de todas as maneiras e não ser nada no fim, senão esse entendimento de tudo"

Fernando Pessoa


Estamos numa época em que, como nunca antes, vivemos contrastes extremos.
O aquecimento e a desertificação alastrando por vastas áreas do globo, deixando um rasto de miséria e morte numas populações enquanto noutras, tecnologicamente mais desenvolvidas e que extraem e transformam recursos naturais de forma intensiva, se constroem “paraísos” artificiais e de um fausto nunca antes imaginado.
O analfabetismo, o trabalho infantil, a exploração da mão-de-obra feminina em oposição aos níveis mais elevados de qualificação académica em ambos os sexos alguma vez sonhado.
O isolamento e o abandono convivendo com as possibilidades inesgotáveis de comunicação através da Internet, telefones móveis, etc.
A grande violência da natureza, tsunamis, ciclones, incêndios, dilúvios e outras catástrofes naturais disputando poder destrutivo das ações humanas que conduzem ao aquecimento global, redução da camada de ozono, poluição atmosférica, das águas, do solo e do subsolo, sem precedentes.
Zonas de grande vulnerabilidade com guerras, guerrilhas, atentados, armas químicas, nucleares, e zonas tranquilas e seguras onde os cães andam de trela e as crianças são criadas em infantários à prova de acidentes.
A fome e a obesidade. As curas rápidas, as vacinas, o aumento da esperança média de vida, lado a lado com as doenças crónica que não mais abandonam os indivíduos ou os obrigam a sobreviver por longos anos com deficiência.
E poderíamos continuar indefinidamente, por todos os campos da actividade humana e da própria natureza, encontrando estes opostos.
E se para compreender estas diferenças poderíamos estar tentados a marcar linhas de divisão, geográficas, populacionais, climáticas, económicas, religiosas, políticas, ou outras, rapidamente chegamos à conclusão que estes extremos coabitam, em cada rua, em cada cidade, em cada país, em cada continente, no mesmo planeta.
Provavelmente em cada indivíduo. Às vezes estamos sós, outras rodeados por amigos e familiares. Uma hora estamos felizes, outra zangados e em guerra com o chefe. Dialogamos com pessoas de outro continente que nunca vimos e não cumprimentamos o vizinho do lado.
Num momento comemos pastéis de massa folhada com doce de ovos, noutro fazemos dieta e passamos fome. Plantamos e cuidamos de árvores e destruímo-las em papel publicitário e embalagens. Preocupamo-nos com a poluição e usamos plásticos a toda a hora. Curamos uma pneumonia e sucumbimos à artrose.

Pela mesma linha de ideias poderemos pôr a hipótese de a nível celular, molecular, (o microcosmos não reflete o macrocosmos?), se passarem processos de bipolarização com uma amplitude de que não temos conhecimento anterior.
Como se tivéssemos entrado em ciclos cada vez mais rápidos, ou ondas sinusoidais de elevada amplitude e frequência, ou vivendo várias realidades arrumadas sequencialmente numa linha de tempo em espiral, que nos dá a ilusão de simultaneidade.
Uma incongruência, ou uma polarização extrema, que parece ser instável, insustentável.
Paradoxalmente, a Humanidade continua a trilhar este percurso, talvez por razões que estão no seu inconsciente individual ou coletivo, como uma inevitabilidade, uma necessidade, ou um caminho para qualquer outra coisa.
Para onde vamos? Será o fim?


Isabel de Aragão, filha e neta de reis, rainha de Portugal por casamento com o Rei D. Dinis, senhora de numerosos castelos e propriedades agrícolas, protegia e cuidava de pessoas pobres, doentes e excluídas, numa obra social de grande dimensão.
Vivia diariamente entre os opostos da sua condição social elevada e as franjas da miséria e exclusão na população portuguesa, dos conhecimentos científicos e culturais mais desenvolvidos da época e a ignorância do seu povo.
Contrastes que procurava atenuar através da sua obra assistencial, criando e sustentando numerosas instituições com as suas rendas, mas que em determinada época se acentuaram ao limite.
Falamos de um período de alguns anos de más colheitas que assolou a Europa do século XIII deixando os povos depauperados e com fome.
Isabel distribuía Pão aos pobres que a ela acorriam cada vez em maior número, feito com o trigo dos seus celeiros, correndo o risco de esgotar as reservas destinadas ao pessoal da sua Casa.
D. Dinis opunha-se a esta prática, cada vez com maior veemência, até que um dia decidiu confrontá-la.
E colocada numa situação de tensão extrema, entre o Rei todo-poderoso e os pobres com fome, o que aconteceu foi outra coisa.
O Pão que transportava no regaço se transformou em Rosas.
Aquela seca passou, outras vieram, assim como outras riquezas, outras misérias.
Mas o Milagre ficou no imaginário popular ao longo de sete séculos, e a Rainha foi santificada 300 anos após a sua morte.

Nos tempos de mudança e tensão que vivemos, talvez seja este milagre que nos indica um caminho, um farol que ilumina a incerteza do futuro.
Colocados numa situação de polarização extrema, o Pão que temos para dar se transforma em Rosas.

O Amor tem a capacidade de transmutar o Mundo.

Teresa Gomes Mota

23 de fevereiro de 2012

Prece do Diamante

Senhor de todas as coisas,
Permite que o meu corpo
Seja elevado na tua glória,
Que a minha mente
Seja transmutada na tua sabedoria,
Que a minha vontade
Seja fundida no teu fogo,
Que o meu coração,
Seja o diamante do espírito.

Anjos da verdade e do poder,
Protegei-me de odiar os meus inimigos
E vinde ensinar-me a ser além de mim
Quebrai as cadeias deste eu,
Internas e externas,
E fazei dele apenas o cálice
Da Luz focalizada
Na glória que É
Protegei a minha abertura a Deus
E deixai que o Amor maior seja o meu desejo
E o meu desejo seja o Amor maior.


Num recente workshop em Lisboa Vítor Rodrigues divulgou esta oração, que é também um Caminho. Mais informação e a reflexão do autor sobre esta prece no livro "A defesa da Alma" de David Livingstone, Editora Pergaminho, 2007

1 de dezembro de 2011

A Chave de Andrómeda - novo romance de Pedro Elias

-Neste livro, tal como nos anteriores, o Pedro leva-nos a encontrar a alma e não as personagens, a alma que está para além deste mundo espaço-temporal, mas que têm em si uma “matriz” que define o seu percurso, de reencarnação em reencarnação. Compreendi bem?.... uma enorme curiosidade que creio ser comum a muitos leitores: as almas que estão “pintadas” nos seus romances são fruto da imaginação do escritor ou são Seres reais que o Pedro romanceou?
-Teríamos que começar pelo princípio que é definir o que é isso da imaginação. Quando a mente, do nada, retira algo que não tem por base o conhecimento adquirido ou as experiências vividas, quer isso dizer que isto não é real? E de onde vem isso a que chamamos imaginação? Do nada? E o que é o nada?Eu diria que a imaginação é quando a Alma cria através de nós, de tal forma que à mente só resta render-se e silenciar.(...)
- Uma questão incontornável!!.... Porque é que a Chave é de Andrómeda? E qual é a chave?
- Não lhe vou contar... ela tem que ser desvelada na leitura que fizer, pois como disse anteriormente, o livro é um espelho, e por isso irá compreender o que é essa chave nesse diálogo com a sua própria Alma. Lembre-se que ninguém lê o livro que o autor escreveu, mas o seu próprio livro. (in entrevista realizada a Pedro Elias aquando o lançamento do livro em Novembro 2011)